Muito se fala sobre a limitação de customização nas plataformas low-code. Esta é uma ideia que vem herdada de pessoas que conheceram as primeiras versões de algumas plataformas e não se atualizaram com as novas versões que foram surgindo.
Tenho que discordar, mas entendo que a tendência é que o low-code se torne o principal método de desenvolvimento em breve. A quantidade de plataformas que está surgindo vem colaborando com este avanço e, com isso, a tecnologia e possibilidade de customização que elas permitem ao desenvolvedor tornam-se cada vez mais atraentes.
Algumas delas já contam inclusive com inteligência artificial, tornando as entregas ainda mais rápidas. Isso não quer dizer que qualquer pessoa consiga chegar lá e entregar um projeto low-code tendo pouca ou nenhuma experiência em desenvolvimento. Até poderá entregar algo, mas com certeza será uma entrega de baixa qualidade que possivelmente nem atenderá às necessidades do cliente. Falo isso pela minha experiência em Oracle APEX e nas ferramentas da Microsoft Power Platform. Apesar da facilidade de trabalhar com componentes, plugins ou complementos já criados, é de extrema necessidade ter conhecimento de lógica de programação e algumas linguagens como SQL e JavaScript.
Meu objetivo nesta postagem era basicamente falar sobre o crescimento irreversível do low-code, mas não basta apenas falar. Eu precisava mostrar algo criado como um exemplo. Lembrei-me de uma entrega que realizei há algum tempo em uma empresa onde trabalhei, onde havia um painel de atendimento ao cliente criado com Java. Nada contra o Java, mas, na época, houve um grande problema de manutenção devido à alta rotatividade de colaboradores na empresa. Decidimos trocar para a tecnologia Oracle APEX e a questão de manutenção tornou-se muito mais simples e rápida. Criei um novo painel de atendimento em meu ambiente Oracle APEX, o qual uso como laboratório. O resultado foi este e, com isso, mostro que o limite para customização em plataformas low-code é o desenvolvedor.
